terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

VERSÃO FRANCESA DA LENDA ARTHURIANA


Em finais do século XII Chrétien de Troyes, um francês, escreve contos sobre as aventuras do Rei Artur, LanceloteGuinevereGawaine,Percival. Sabe-se que Artur e os seus cavaleiros eram personagens populares na época e as histórias a partir da Bretanha de língua céltica e de Gales tinham-se espalhado por outros países. Mas Chrétien, apropriando-se de mitos conhecidos, dá-lhe um cunho pessoal e sobretudo ficam guardados para a posterioridade. 
A partir daí, é um nunca mais terminar: o ciclo da vulgata francesa, o Parzival alemão, o La mort d’Arturde sir Mallory só para citar os mais conhecidos. Alguns escrevem sobre todo o ciclo desde a morte de Jesus Cristo até a morte de Artur, criando uma narrativa de séculos, outros descrevem apenas episódios que acontecem a cavaleiros. São incorporados mitos exteriores sem ligação inicial (a história de Tristão e Isolda, o mito do GraalA Távola RedondaTintagel), novos personagens são criados (Galahad). As obras são traduzidas para todas as línguas do ocidente cristão, reescritas, fundidas, influenciando muito a maneira de pensar (ou pelo menos o conceito do que deveria ser o ideal) dos cavaleiros. No século XVII dá-se uma certa diminuição do interesse, mas não muito, pois na ópera continua-se a utilizar o tema. E o romantismo do século XIX com o seu interesse na Idade Média restaura o interesse (até escritores americanos como Mark Twain o fazem). O século XX, graças ao cinema e desenhos animados, completa o trabalho, mantendo o interesse vivo e permitindo que um maior público tenha acesso; os grupos neo-pagãos também tentam apropriar-se da lenda devido ao seu lado mais místico (centrando-se em MorganaViviane e Merlin por contraposição ao elemento cristão).

Um comentário:

  1. Uau... sou suspeita ao falar de Arthur e seus Cavaleiros, junto âs sua várias versões, porque acho que uma estória complementa a outra, gosto da versão que conta c/ o personagem Galahad (O Príncipe Real)e sua busca pelo Santo Graal, é bem interessante, essa versão que li foi de Thomas Malory, com adaptação em português de Ana Maria Machado.

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